segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cronicas - Dama

Então abri os olhos. 
Estava morta.
Não pudia ver, mas podia sentir. Meu corpo pesava e flutuava. Minha mente estava um turbilhão e uma calma. Senti cada parte do meu corpo como se não fosse mais meu. 
E lá estava ele. Erick. O anjo que por tantas vezes me salvara, estava ali a minha frente, suas mãos manchadas e seus olhos tristes de onde escorriam as mais dolorosas gotas rubras. 
Senti-me impotente e inútil ao vê-lo. Sua tristeza era tão profunda que suas asas já não brilhavam mais. Cada parte de mim desejava abraçá-lo e confortá-lo. Tira-lo daquele mundo terrível onde o haviam jogado. Tentei gritar. 
 - Erick. Anjo. Estou aqui. 
 Mas ele não podia me ouvir. Suas lágrimas de sangue continuavam a escorrer pela sua face branca e se misturar ao metal da bela e brilhante dama de ferro. 
E eu só pude observar enquanto a dama se afastava do corpo imóvel no chão e se aproximava do coração do anjo. Sua parte mais sensível, mais vital. 
O centro de todo seu lado que pode sentir e amar. 
 - Não faça anjo! Não! 
 Mas era tarde. 
Sua aura pulsante se espalhou pelo espaço em moléculas azuis como seus olhos. 
Tudo era breu agora. 

E uma última lágrima escorreu em meu rosto.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

De Volta a Terra do Nunca...

Olá pessoas e criaturas,

É com alegria que trago a notícia que, o Lady Soturna vai voltar ativa. \o/
Contudo, primeiro vamos esclarecer algumas coisas...

1° Peço desculpas a quem acompanhava e ficou sem notícias de repente...

2° Tivemos grandes mudanças e acontecimentos que nos afastaram do blog (e de muitas outras coisas), portanto algumas coisas mudaram (talvez em nós, talvez na nossa escrita, talvez apensa na nossa vida) ...

3° Não são todos os que postavam antigamente que estão de volta... Então, paciência com a gente por favor.

4° A Kalaeth está no fim do mundo onde Judas perdeu alguma coisa entre as meias e a cueca (alguns conhecem como Vargem Grande), então ela continua na ativa, mas não tão ativa assim (piadinha besta plim plim).

5° Oh God... essa postagem não termina!? rsrs

6° E por último (aleluaiaaaa) Estamos voltando com entusiasmo e esperamos que o blog cresça cada vez mais!

É isso ai e logo traremos novidades!
Até a hora do chá,      

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A ponte - parte 2

Olá pessoal,
como prometido a 2° parte do conto "A Ponte", eu sei eu sei, meio grandinho, mas confiem em mim se derem a oportunidade vocês vão ficar congelados com a história!! 

Parei de ler, a garganta ressequida. Tomei um gole de cerveja. De Hirsch abriu os olhos.

— Admiravelmente completo — disse ele, gentilmente. — É um bom pesquisador, embora não tenha muita imaginação.

Ele virou-se para Baynes e acrescentou:

— Assumiu o caso a partir desse momento, Tenente?

— Isso mesmo — resmungou Baynes, fitando-o. — Mas só depois que os patrulheiros Reynolds e Rivkin revistaram a casa. Igualmente sem resultados. Foi então que jogaram o caso no meu colo. Sempre me encarregam dos casos mais malucos. Fui até lá no dia seguinte. Mas interrogar Hillyer era como perguntar ao gato o que aconteceu com o canário. Mas ele falou a respeito do ângulo da chantagem. Disse que cometera um erro há alguns anos. A tal de Montrose soubera da história. Desde então, ele vinha lhe pagando mil dólares por ano. Todos os anos, quando se encontrava nas proximidades, a mulher avisava que iria aparecer dentro de um ou dois dias e ele providenciava o dinheiro.

"Verifiquei com Nova York. Ela estava mesmo fichada. Assim, a história de Hillyer provavelmente era verdadeira. Também verifiquei com o banco local. Haviam enviado dez notas de cem dólares para Hillyer apenas três dias antes. 

sábado, 26 de maio de 2012

A PONTE DE VIDRO - Parte 1

Gente esse conto é muito bom, lembrei do Lady assim que o li.. ele faz parte de uma coleção então talvez até traga mais, eu sei que ele é meio comprido(divi ele em 2 partes!), mas deem a chance de se apaixonagem por um mistério arrepiante!

A PONTE DE VIDRO - Robert Arthur
1957

Estávamos conversando sobre crimes insolúveis, o Barão de Hirsch, o Tenente Oliver Baynes, da Polícia Estadual, e eu. Isto é, De Hirsch estava discorrendo a respeito. Baynes e eu podíamos apenas escutar, enquanto o húngaro alto, de nariz aquilino, com uma dedução espetacular e uma lógica implacável, resolvia meia dúzia de casos famosos que permanecem nos arquivos de diversos departamentos de polícia, ainda marcados com a indicação Em aberto.
De Hirsch pode ser um companheiro extremamente irritante. Sua presunção é colossal e a apreciação da própria inteligência indisfarçável. Sempre me sinto tentado a indagar por que, sendo ele tão esperto, seus sapatos invariavelmente precisam de conserto e as roupas de remendos. Mas sempre resisto à tentação.
Percebi que Oliver Baynes estava ficando impaciente. Baynes é baixo e atarracado, de cara vermelha, fala macia, meio apagado. Mas é um bom policial... um dos melhores.
Ele esvaziou seu copo de cerveja... era uma tarde quente de agosto... e fitou-me, ao estender a mão para pegar outra lata.

sábado, 19 de maio de 2012

The art of suicide


Um canto no chão frio, o olhar fixo, minhas mãos parecem tremer e o minha cabeça explodir...
Uma enxurada de lágrimas lavam meu rosto e minhas mãos.. Os soluções cortam minha respiração e o silencio do momento...


Com pouca vontade me levanto e saiu até o jardim. A chuva la fora me varre e me limpa assim como minhas lágrimas agora camufladas..


O barulho da água alivia o barulho do silêncio, a sensação é boa, a água a principio gelada agora parece estar até quente, fecho meus olhos aguardando o sentimento de conforto, de liberdade que nunca virá...


Sinto um vazio, um labirinto de emoções que não levam a nada, onde não há nenhum final...
Perdida nesse labirinto que sou eu, sinto meu corpo afundar na grama do que um dia foi um belo jardim, minha alma se afogando, se afundando cada vez mais em chuva, em lagrimas e em lama...
Com um suspiro exasperado me levando num impulso.. Corro desvairada para dentro de casa, encharcando cada parte por onde eu passava, escorregando na escada, levantando e voltando a correr... Paro. Paro na porta do meu quarto, minha janela esta aberta o vento forte por causa da chuva balança minha cortina. Sussurro baixinho uma musica enquanto vou até a janela.. Olho para o céu cinza como minha alma abandonada .. Olho para baixo, e vejo um vazio... Com pouca dificuldade sento na janela com minhas pernas pendendo... O que mais podia fazer? Apenas me libertar .. apenas fugir para o vazio do esquecimento, eu já havia sido esquecida .. Você já havia me esquecido.. Com esse pensamento voei de encontro a liberdade sussurando uma bela canção: 


"Por que viver uma vida?/ Que é pintada com piedade / E tristeza e conflito / Por que sonhar um sonho? / Que é contaminado com problemas / E menos do que isso parece / Por que incomodar do incômodo? / Apenas por um poema / Ou uma outra canção triste a cantar / Por que viver uma vida?/ Por que viver uma vida?" 
[Emilie Autumn - Art of Suicide - http://www.youtube.com/watch?v=ettdJS3qyDU ]


Até a hora do chá,
Liah